E pensar que ontem mesmo eu fiz 15 anos... Começo a preocupar-me porque não esqueço mais de passar creme anti rugas, serum e creme contorno dos olhos. É grave, eu sei, eu sinto... Sinto que não sou a mesma de antes, de uma vez, de um tempo...
Olhar pra trás e rever o caminho percorrido até agora me dá medo. Não do que passei, mas da minha força. E todos pensavam que era eu a fraca da situação... Sei que surpreendi muita gente, porque surpreendi a mim mesma, o que não é tarefa fácil...
Quase dois anos se passaram e ainda tenho pesadelos. Me acordo assustada, me abraço ao travesseiro e suspirando aliviada, penso "ainda bem que estou aqui"! Quando conto esse sonho, ninguém me entende...
Não sou do tipo que se lamenta do passado, mas que aproveita os ensinamentos pra se conhecer melhor e não errar denovo. Ocupo meu tempo cuidando da minha vida, dos meus projetos e das minhas coisas e o que as pessoas fazem de suas vidas, desde que não prejudique a mim, é e sempre será problema delas. Egoista? Pode ser... Será mais uma das coisas que descobri antes de chegar aos trinta anos.
Talvez eu esteja até mais paranóica, sei lá, mas faço meus exames de consciência e analisando-me seriamente, agradeço a Deus por ser como sou. Pensar como penso e agir de determinada forma em relação a tudo isso. Sim, as taxas de modéstia também diminuem com a chegada dos "inta"... Ainda bem...
O bom de não ser mais uma guriazinha é que não preciso me comportar como uma. Posso falar livremente do que penso sem medo de chocar as pessoas. Posso viver como julgo que seja certo e não como a sociedade hipócrita diz que devo ser e fazer...
Mais exigente com o amor e respeitando mais a mim mesma, muitas vezes prefiro ficar sozinha do que estar mal acompanhada. A pessoa certa não deverá me completar, mas me complementar, o que me eleva da categoria de "pessoa incompleta" a "pessoa que pode ser ainda melhor, mas que já é um arraso". Adoro essa força interior das mulheres de 30!!