0 A Dona da História...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

No auge dos meus 28 anos posso dizer que a Vida imitou a Arte: TIVE E TENHO UMA VIDA DE NOVELA DAS OITO. Fui atriz coadjuvante de pequenos núcleos, onde passei despercebida pelos cantos... Em outros momentos fui conquistando outros papéis e fiz participações em tramas maiores... Fui alguém que só disse uma única frase em todo um capítulo e achou que deveria ser melhor. Participei de grandes tramas, grandes dramas, triângulos complicados e amores intensos... Desde namoricos sem script até um amor longa metragem. Fui vilã, fui mocinha, fui vingativa, fui batalhadora, fui determinada, fui quase suicida... Com o tempo e com o desenrolar dos capítulos, me tornei "a decidida": decidida a ter o papel principal, a ser a protagonista de uma história de sucesso daquelas que dão mil voltas e prendem a atenção do expectador. Decidida a ser a atriz que escreve a trama, que faz as coisas acontecerem e que não está nem aí se vai ser apedrejada na fila do mercado ou ovacionada pelos fãs na rua...Serei a dona da história, escritora dos capítulos que estão por vir... Permitirei que cenas de improviso possam ir ao ar sem censura e refarei cenas mal-feitas, mal gravadas... Serei ainda mais intensa... Quero interagir com personagens reais, viver fatos banais e cenas de tirar o fôlego... Quero rir demais, amar demais e acreditar que tudo vai dar certo no último capítulo.Imagino já a cena de um réveillon com malas nas mãos e a vida inteira por viver... De dentro do avião vou olhar pra trás e dizer “vai ser melhor assim...” e no horizonte verei brilhar o sol de um Novo Dia, Primeiro Dia de um Ano Novo, o Primeiro Ano da minha Nova Vida...Ano novo, vida nova, esperanças renovadas... E uma nova história onde ainda não sei qual será o meu papel, mas sei que serei a protagonista de emoções ainda mais intensas, de amores arrebatadores, de conquistas a tanto desejadas e de um digníssimo e merecido final feliz. Aos últimos capítulos ouvirei dizer “que pena que está acabando” e “viu como eu tinha razão?”
A vida imita a arte ou a arte que imita a vida?
Não sei...
Quem é que sabe?

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