3 Um pouco mais de Amor Próprio

terça-feira, 25 de setembro de 2012
  
  Faz tempo que não escrevo. Digamos que estive colocando em prática as minhas novas teorias. Depois de tanta bordoada na cabeça, estou em luta constante contra mim mesma em busca de uma mente menos atormentada... Mas abandonar os velhos hábitos não é nada fácil.
  Nesse tempo que passei sem escrever, analisei muitíssimo o meu modo de ver e viver uma relação amorosa. Reví meu comportamento em passado, os erros, os acertos. Não me transformei (e nem quero) na Miss Perfeitinha, mas melhorei bastante. Porque pra amar alguém precisa amar-se muito e mais que qualquer outra pessoa. Uma boa dose de sano egoísmo é essencial pra que ninguém caminhe sobre nossos sonhos. Alguém muito mais famoso que eu disse que "somos nós que escolhemos nossos carnéfices", e eu sou totalmente da mesma opinião. Insistimos em relacionamentos mais ou menos qualquer coisa, aceitamos falhas graves e perdoamos quem não pede perdão. Toleramos demais e aceitamos ser menosprezados simplesmente por medo de ficar sozinhos.
  Renunciar é uma forma de amor? Sim. Amor a nós mesmos antes de tudo. Quem ama de verdade quer ver bem a outra pessoa e não deseja estar junto a qualquer preço, só por possessividade. Amar é ser livre... e estar junto porque escolheu estar junto, não porque está escrito na certidão, por uma aliança, chantagens, etc. Depois de alguns tempo que se vê o quanto foi perdido e que aquele tempo perdido não volta mais.
  Cada vez que paro pra pensar no quanto foi doente o relacionamento que tive em passado e sempre que converso sobre isso com meu Amore, como eu era e como me sentia, como fui tratada e as barbaridades que permiti que me dissessem, ele fica admirado me perguntando como e por que suportei tudo aquilo? E eu respondo que foi porque eu escolhi. Escolhi perdoar coisas que não deveria, a passar a mão por cima das falhas diárias, a depositar no outro a obrigação de me fazer feliz. Virou neurose. Tudo culpa minha, pois eu fui livre o tempo todo e não me movia por medo. Medo de ficar sozinha, ainda que eu estivesse sozinha quase o tempo todo. Fui paranóica, mendiguei pela atenção de quem não me amava. A culpa foi minha e só minha. Se tivesse me amado o bastante, não teria deixado que ninguém me fizesse sofrer. Mas escolhi sofrer a longo prazo...
   E aprendi... Hoje o sano egoísmo me acompanha. Amo meu Amore em um modo inexplicável, intenso, mas saudável. Porque se um amor é sano, não faz sofrer. Me permito amar porque me sinto amada, importante e especial tanto quanto ele é pra mim. O ditado "não queimar pólvora com Chimango" se aplica também ao Amor: Pra quê gastar amor com quem não te ama? Gastemos amor com nós mesmos!!
  Parecem frases clichê, eu sei, mas a realidade, secondo me, é que amar-se, antes de quem quer que seja, não é egoísmo nem egocentrismo. Demonstra apenas que se é ao comando da própria vida, ao menos do que pode ser controlado, obviamente. Partindo desse princípio não tem ciúme e falta de confiança que atrapalhe. Pareço muito drástica, eu sei, mas depois de tanta lágrima derramada no travesseiro, essa é a fórmula que funciona pra mim. E a vida segue sem dramas. Sem tantos dramas.
  


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